A política portuguesa de jovens para jovens!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Protesto Geração à Rasca

12 De Março: O Protesto Dos à Rasca

“Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.”

Nós, como estudantes do ensino secundário e defensores de uma certa consciencialização juvenil na área da intervenção social não poderíamos deixar de estar presentes naquele que foi o maior “protesto apartidário, laico e pacífico” desde o 25 de Abril. Organizado por jovens para jovens, revelou-se totalmente “transgeracional”, refutando aqueles que temiam que este protesto fosse também contra as gerações anteriores.

O povo refutou aqueles críticos que argumentavam que não passava de um protesto cibernético, que os jovens de hoje não foram moldados para sair á rua, que sem a associação a partidos como o PCP e o BE seria impossível o protesto ter a dimensão desejada. É inegável que houve aproveitamento político deste movimento, felizmente mal sucedido. É verdade que não foram apresentadas propostas, mas protestamos para que a classe política encontre uma solução e que inclua os jovens, senão onde irão os estudantes do básico e secundário encontrar motivação para se instruírem, visto que com estudos superiores ou não o nosso futuro poderá passar pelas caixas de supermercado, McDonald’s ou um call center?! Com que moral os nossos pais e encarregados de educação nos incitaram a estudar para sermos doutores?! E sem uma instrução séria e regular de geração em geração lá se irá a apelidada a geração portuguesa mais qualificada de sempre.

Centenas de milhares de pessoas de todas as idades marcharam desde a Avenida da liberdade até a praça do rossio, em Lisboa, desde a praça da batalha até a avenida dos aliados no porto, em faro, Coimbra, Guimarães, Braga, Viseu e Ponta Delgada, entoando cânticos e gritando palavras de ordem, protestando em nome das demais gerações à rasca. O povo mostrou que a apatia tem limites.

No entanto, embora se pretendia que não fosse um protesto contra nenhuma personalidade, foi claro que isto não chegou a todos, pois Sócrates não deixou de ser visado.

O dia de ontem será decerto um marco na mobilização dos portugueses de uma forma apartidária e independente, com um fundamento comum, encarar o futuro com um espírito mais positivo, exigir que os jovens façam parte da solução ao problema económico e social e “reforçar a democracia participativa no país”.

O grupo de trabalho deseja que toda a classe política tenha em conta este protesto e que este movimento continue a crescer como uma bola de neve.

Em baixo, algumas fotos tiradas por nós, bem como um pequeno vídeo, durante a manifestação, tentando ilustrar o ambiente vivido durante toda a tarde, através de algumas das mensagens passadas em cartazes e "slogans".

1 comentário:

  1. O texto está um máximo ! Tenho realmente pena de não ter ido, aposto que todos os portugueses que participaram trarão na memória a imagem de um povo unido mais que nunca ! Espero que nao seja necessário mais nenhuma manifestação mas se tal acontecer com certeza estarei presente e empenhada na causa. Fizeram um óptimo trabalho :)

    Viva a geração à rasca que vai mudar Portugal !

    Parabéns , beijinhos *

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