O Estado Novo
Depois de 16 anos de instabilidade política, tendo Portugal presenciado a queda de 45 governos, o povo português começa a fazer ouvir o seu descontentamento.
Este descontentamento popular crescente, juntamente com a grave situação económico-financeira do país, levou a que em 1926, o general Gomes da Costa, juntamente com um apoio militar, tenha marchado de Braga a Lisboa, para na capital, derrubar o governo.
Desta forma, de 1926 a 1933, Portugal viveu uma ditadura militar. Apesar do novo regime, não houve uma melhoria notória nas contas públicas. Assim, em 1928, António Oliveira Salazar é nomeado Ministro das Finanças, com o intuito de equilibrar a balança económica. Nesse sentido, foram impostas medidas verdadeiramente austeras. As melhorias financeiras valeram a Salazar, em 1932, a chefia do Governo. Depois desta escalada ao poder, Salazar promoveu uma renovação à Constituição, de forma a poder assimilar todo o poder. Para isso, procedeu às seguintes alterações:
- Diminuiu a separação dos poderes entre os diferentes órgãos do Estado;
- Diluiu o parlamentarismo;
- Diminuiu o poder do Presidente da República, que se tornava assim uma figura meramente representativa;
- Aumentou substancialmente o poder do Presidente do Conselho (cargo por ele ocupado, aquando da alteração constitucional).
Após estas medidas serem decretadas, teve início o Estado Novo (Salazarismo), seguindo, de 1933 a 1968, o modelo fascista:
- Um só chefe (Salazar);
- Um só partido (União Nacional);
- Polícia Política (PIDE- Polícia Internacional de Defesa do Estado);
- Prisões Políticas;
- Campos de Trabalho;
- Censura;
- Milícia Armada (Legião Portuguesa);
- Culto do chefe (Salazar, o Salvador da Pátria);
- Subalternização da Mulher face ao Homem.
De forma conjunta, estas medidas, trouxeram ao país um clima de austeridade, conservadorista. A reprodução via rádio, principalmente, ajudava a “transformar” a mente dos portugueses, de forma a aceitarem as ideias Salazaristas, sem contestação.
Imagem de António de Oliveira Salazar, estadista (mandato - 1932 até 1968)
Por Bruno Miguel Barros
Isto está lindo !
ResponderEliminar