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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CONTEXTUALIZAÇÃO PARTE II

         O Estado Novo
       Depois de 16 anos de instabilidade política, tendo Portugal presenciado a queda de 45 governos, o povo português começa a fazer ouvir o seu descontentamento. 
       Este descontentamento popular crescente, juntamente com a grave situação económico-financeira do país, levou a que em 1926, o general Gomes da Costa, juntamente com um apoio militar, tenha marchado de Braga a Lisboa, para na capital, derrubar o governo.
       Desta forma, de 1926 a 1933, Portugal viveu uma ditadura militar. Apesar do novo regime, não houve uma melhoria notória nas contas públicas. Assim, em 1928, António Oliveira Salazar é nomeado Ministro das Finanças, com o intuito de equilibrar a balança económica. Nesse sentido, foram impostas medidas verdadeiramente austeras. As melhorias financeiras valeram a Salazar, em 1932, a chefia do Governo. Depois desta escalada ao poder, Salazar promoveu uma renovação à Constituição, de forma a poder assimilar todo o poder. Para isso, procedeu às seguintes alterações:

  • Diminuiu a separação dos poderes entre os diferentes órgãos do Estado;
  • Diluiu o parlamentarismo;
  • Diminuiu o poder do Presidente da República, que se tornava assim uma figura meramente representativa;
  • Aumentou substancialmente o poder do Presidente do Conselho (cargo por ele ocupado, aquando da alteração constitucional).

      Após estas medidas serem decretadas, teve início o Estado Novo (Salazarismo), seguindo, de 1933 a 1968, o modelo fascista:
  • Um só chefe (Salazar);
  • Um só partido (União Nacional);
  • Polícia Política (PIDE- Polícia Internacional de Defesa do Estado);
  • Prisões Políticas;
  • Campos de Trabalho;
  • Censura;
  • Milícia Armada (Legião Portuguesa);
  • Culto do chefe (Salazar, o Salvador da Pátria);
  • Subalternização da Mulher face ao Homem.
           
       De forma conjunta, estas medidas, trouxeram ao país um clima de austeridade, conservadorista. A reprodução via rádio, principalmente, ajudava a “transformar” a mente dos portugueses, de forma a aceitarem as ideias Salazaristas, sem contestação.
Imagem de António de Oliveira Salazar, estadista (mandato - 1932 até 1968)


Por Bruno Miguel Barros

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