A política portuguesa de jovens para jovens!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NOVIDADES!

Caros leitores, com a finalidade de responder as vossas questões, sugestões e criticas, mais eficazmente, e para um incentivo ao debate, como solução para a erradicação do conformismo e, também como motor para o interesse o grupo de trabalho criou um chat. 
Posteriormente, nele iremos agendar futuros confrontos introduzidos por jovens convidados sobre temas do nosso propósito.
O grupo de trabalho vem também informar aos leitores que agora é possível ler as manchetes diárias dos jornais mais populares, desse modo a informação será facilitada e acessível a todos os leitores a qualquer hora do dia.

Como temos vindo a deixar claro, o nosso blog tem como objectivo facilitar a introdução dos jovens na política, e como tudo tem um princípio, os posts anteriores servem como rampa de lançamento para este mundo tão complexo como interessante e entusiasmante. Por isso, os seguintes posts serão sobre a actualidade.

Para terminar, o grupo de trabalho agradece a todos os nossos visitantes que se têm mostrado curiosos no nosso projecto, facto visível nas quase 600 visitas em pouco mais de duas semanas. Partilhamos também com os nossos leitores que recebemos 4 visitas do Reino Unido e 2 dos Estados Unidos da América, que naturalmente, é mais um factor de motivação para a continuação da dedicação que temos importado neste projecto.

Contextualização III

Queda da Ditadura( 25 de Abril de 1974)
        Apesar de toda a propaganda por parte do regime Salazarista, continuavam a existir mentes que sonhavam com a liberdade e a queda da ditadura.
       
        Assim, no amanhecer do dia 25 de Abril de 1974, um dia que para os portugueses se apresentava como mais um de ditadura e de opressão, sem o conhecimento dos portugueses viria mesmo a mudar. Nesta data, estalou uma revolução que derrubou o Governo, com a intenção de implantar uma democracia e derrubar a ditadura. A revolução foi festejada nas ruas, com manifestações de alegria, porque liberdade era algo que para os portugueses só existia no dicionário.
       
       A revolução do 25 de Abril representou uma nova era na vida dos portugueses, pois devolveu a liberdade de informação, política, manifestação e artística, que durante 48 anos lhes foi retirada.
       
       Os exilados políticos puderam regressar ao país( entre eles o ex presidente da república Mário Soares e o antigo líder do partido comunista Sá Carneiro), a censura foi abolida definitivamente, greves e manifestações passaram a ser autorizadas. Os sindicatos puderam assim reorganizar-se.
      
        Portugal passou um momento conturbado durante cerca de 2 anos, com uma luta acesa entre facções de esquerda e direita. Em 1975 foram realizadas as primeiras eleições livres, desde a instauração da ditadura. As eleições, para a Assembleia Constituinte, foram ganhas pelo PS. Na sequência desta vitória, foi elaborada uma constituição de pendor socialista.
      
        Depois da revolução dos cravos, foram eleitos, incluindo o actual, 18 governos constituintes.

O 25 de Abril ocorreu sem se disparar um único tiro.


Por Luís Miguel

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CONTEXTUALIZAÇÃO PARTE II

         O Estado Novo
       Depois de 16 anos de instabilidade política, tendo Portugal presenciado a queda de 45 governos, o povo português começa a fazer ouvir o seu descontentamento. 
       Este descontentamento popular crescente, juntamente com a grave situação económico-financeira do país, levou a que em 1926, o general Gomes da Costa, juntamente com um apoio militar, tenha marchado de Braga a Lisboa, para na capital, derrubar o governo.
       Desta forma, de 1926 a 1933, Portugal viveu uma ditadura militar. Apesar do novo regime, não houve uma melhoria notória nas contas públicas. Assim, em 1928, António Oliveira Salazar é nomeado Ministro das Finanças, com o intuito de equilibrar a balança económica. Nesse sentido, foram impostas medidas verdadeiramente austeras. As melhorias financeiras valeram a Salazar, em 1932, a chefia do Governo. Depois desta escalada ao poder, Salazar promoveu uma renovação à Constituição, de forma a poder assimilar todo o poder. Para isso, procedeu às seguintes alterações:

  • Diminuiu a separação dos poderes entre os diferentes órgãos do Estado;
  • Diluiu o parlamentarismo;
  • Diminuiu o poder do Presidente da República, que se tornava assim uma figura meramente representativa;
  • Aumentou substancialmente o poder do Presidente do Conselho (cargo por ele ocupado, aquando da alteração constitucional).

      Após estas medidas serem decretadas, teve início o Estado Novo (Salazarismo), seguindo, de 1933 a 1968, o modelo fascista:
  • Um só chefe (Salazar);
  • Um só partido (União Nacional);
  • Polícia Política (PIDE- Polícia Internacional de Defesa do Estado);
  • Prisões Políticas;
  • Campos de Trabalho;
  • Censura;
  • Milícia Armada (Legião Portuguesa);
  • Culto do chefe (Salazar, o Salvador da Pátria);
  • Subalternização da Mulher face ao Homem.
           
       De forma conjunta, estas medidas, trouxeram ao país um clima de austeridade, conservadorista. A reprodução via rádio, principalmente, ajudava a “transformar” a mente dos portugueses, de forma a aceitarem as ideias Salazaristas, sem contestação.
Imagem de António de Oliveira Salazar, estadista (mandato - 1932 até 1968)


Por Bruno Miguel Barros

CONTEXTUALIZAÇÃO!

A Implantação da República
        Desde a sua fundação, Portugal sempre viveu num regime monárquico, onde o rei herdava o título hereditariamente que por sua vez era vitalício, independentemente da idade, da experiência e consequentemente de ser ou não capaz de exercer o seu papel.
        No entanto, nos finais do século XIX e inícios do século XX, este regime encontrava-se desgastada por vários escândalos, corrupções e pelos atrasos económicos do país, e adicionando a isso em 1908 o regicídio (assassinato do rei D.Carlos e ao seu herdeiro directo deferiu um primeiro golpe na monarquia portuguesa).
        Depois de algumas tentativas, no dia 5 de Outubro de 1910 pelas 9h00 foi anunciado a implantação da república em Portugal, nos paços do concelho (câmara municipal) em Lisboa, num golpe de estado organizado pelo partido republicano e levado a cabo também com a ajuda de alguns civis.
        No entanto, apesar de ter havido desistências de ultima hora, e de o governo, de certa forma, já estar a espera, a revolução acabou por se realizar devido, essencialmente, a falta de resposta do governo de D.Manuel II liderado por João Franco.
       Com a queda da monarquia, o Partido Republicano Português (PRP) formou um governo provisório, onde Teófilo de Braga assume a liderança como presidente. Mas mais tarde Manuel de Arriaga tornou-se no primeiro presidente eleito de Portugal (1911). 
       Foram então aprovados pelo Governo Provisório os símbolos da República Portuguesa:
  • O Hino Nacional passou a ser "A Portuguesa" (que já era cantada pelos republicanos antes de 1910),
  • Adoptou-se a bandeira vermelha e verde (que substituiu a azul e branca da Monarquia).
  • A 1ª Constituição Republicana foi aprovada em 19 de Agosto de 1911 e ficou conhecida pelo nome de Constituição de 1911 (determinava que o Parlamento era formado pelos deputados eleitos pela população que podia votar. Só podiam votar os Portugueses com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever ou fossem chefes de família. De 3 em 3 anos, faziam-se novas eleições para o Parlamento. Competia ao Parlamento, para além de fazer leis, eleger e demitir o Presidente da República. O Presidente da República só depois de tomar posse do cargo podia nomear o seu Governo de acordo com o partido que tivesse maior número de deputados no Parlamento).  
Foram feitas, também reformas na área da educação e do trabalho como:
  • Ensino infantil para crianças dos 4 aos 7 anos;
  • Tornaram o ensino primário obrigatório e gratuito para as crianças entre os 7 e os 10 anos;
  • Criaram novas escolas do ensino primário e técnico
  • Criaram as Universidades de Lisboa e Porto
  • Foi decretado o direito à " greve" ;
  • Estabeleceu-se a obrigatoriedade de um dia de descanso semanal;
  • Decretou-se, para todo o território do continente e ilhas adjacentes, as 8 horas de trabalho diário e 48 horas de trabalho semanal;
  • Passou-se a exigir o seguro social obrigatório contra desastres no trabalho;
  • Concederam maior número de "bolsas de estudo" a alunos necessitados e passaram a existir escolas "móveis" para o ensino de adultos (para o combate a alta taxa de analfabetismo).
      A primeira república portuguesa vigorou de 1910 a 1926 e foi um período conturbado pelos graves problemas sociais (subida do aumento do custo de vida e perda do suporte popular devido as medidas anticlericais), económicos (o custo da primeira guerra mundial, défice orçamental e desvalorização da moeda) e políticas (divergências dentro do PRP e instabilidade governativa, em 16 anos de regime houve 45 governos)
      Com um ambiente destes tornou-se fácil o derrube da primeira república através de um golpe militar que se deu a 28 de Maio de 1926. Este golpe pôs fim a república portuguesa e deu lugar a um regime de ditadura militar que se manteve até 1933, altura em que é instaurado o Estado Novo de Salazar e dá-se inicio a uma nova política em Portugal.

Símbolo da Republica Portuguesa, que vigora em vários manuais escolares.



Por Aires Sebastião

domingo, 14 de novembro de 2010

Ponto de Partida!

No âmbito do nosso projecto, realizamos um inquérito composto por 13 perguntas distribuídas por três grupos. No primeiro procuramos saber o real interesse dos jovens na política. Na segunda parte inquiriu-se sobre alguns dos acontecimentos mais marcantes da História de Portugal. No terceiro e último grupo questionou-se sobre a política actual nacional.
O objectivo deste inquérito foi o de recolher informações sobre os conhecimentos que os jovens portugueses possuem, ou não, sobre a política portuguesa e o seu genuíno interesse na política.


Disponibilizamos o inquérito para download:
http://rapidshare.com/files/430905533/INQU__RITO.pdf


Os seguintes gráficos sintetizam os resultados do inquérito por questionário que nos serve como ponto de partida.

Inesperadamente, cerca de metade dos jovens inquiridos, mostra-se, de facto, interessado na política.
Em contrapartida, e curiosamente, a maioria destes alunos, considera a política confusa:

 O que estes gráficos nos mostram é simples: apesar de haver interesse, não há esclarecimento, o que pode, e infelizmente acontece, levar a um desprezo pela vida política.
Esta foi a principal razão que nos levou a embarcar neste projecto.
Já as razões do desinteresse, não trazem grandes novidades.

As principais razões de desinteresse, são mesmo, a falta de interesse transmitida pela política e o falso estereótipo de que todos os políticos são iguais. No entanto a comunicação social não esta ilibada de culpas, na falta de clareza e objectividade na informação disponibilizada.

Introdução

 Nós, Aires Sebastião, Bruno Barros, Luís Miguel e Jaime Rodrigues, do 12º ano da turma H, da Escola Secundária Padre Alberto Neto – Queluz, no âmbito da disciplina de Área de projecto criamos o grupo de trabalho, Os Políticos (baptizados pela adorável professora Isabel Lage), que esta a desenvolver um trabalho que tem como tema geral Os Jovens e a Politica, cujo principal objectivo é facilitar a introdução dos jovens na Política.
  De um ponto de vista quer absoluto quer comparativo, os portugueses no geral demonstram-se desinteressados e demasiados cépticos em relação a política. No que toca aos jovens é notório alguma vontade de ter conhecimento dos mínimos, mas a falta, ou a má, exposição á informação política, pelos meios de comunicação convencionais leva a que os jovens tendem a exibir menores conhecimentos políticos e que consequentemente leva á apatia e ao desinteresse, algo preocupante tendo em conta que nós somos o futuro desse país.
  Contudo, os jovens portugueses demonstram ignorância perante a política e a forma como tem sido regido o nosso país.
  Com este blog procuraremos colmatar essas falhas explicitando e apoiando os jovens com vontade de informar-se sobre política e a forma como é regido o nosso país. Procurar-se-á ser-se claro e objectivo na divulgação das informações, sempre com o objectivo de reduzir o fosso entre a classe política e os jovens. Procuraremos também exterminar comentários e estereótipos sociais que têm vindo a passar de geração em geração, como: “A política é uma seca” e “os políticos são todos iguais”…